O Bolsonarismo venceu

Wladmir Paulino
2 min readNov 30, 2020

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Sim, é isso mesmo que você leu aí em cima. O Bolsonarismo venceu e venceu muito. Porque o Bolsonarismo é muito mais do que aparecer ao lado do presidente da República ou tê-lo numa live pedindo votos. Bolsonarismo é uma visão de mundo na forma de fazer política, que, inclusive, nem foi inaugurada por ele, mas adotada em larga escala. Ela já deslizava nos corredores sorrateiramente há uns bons anos. Com Bolsonaro ganhou holofotes. E após ele, virou padrão.

Isso diante das bestificadas instituições, que seus representantes repetem, quase como um mantra, seguirem funcionando normalmente — embora o que se veja todo dia seja justamente o contrário. E nesse delírio parece difícil alguém superar o ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso.

O Bolsonarismo é a mamadeira de piroca, o kit gay e o comunismo de 2018. Que em 2020 virou carne de cachorro, aversão à Bíblia, conluio para matar o então candidato a presidente, sem falar na mais comum de todas: pesquisas falsas, utilizando marcas de veículos tradicionais de comunicação.

Alguns dos beneficiados com tal repertório de podridão nunca se apresentaram como aliados de Bolsonaro, outros, inclusive, fazem parte da oposição. Mas ninguém pensou duas vezes antes de adotar os mesmos métodos.

A eles acrescentaram-se outras práticas tão velhas quanto o ato de escolher nossos gestores pelo voto: a venda de apoio por comida ou dinheiro, facilitada por um quadro de desemprego alarmante e o consequente aumento da miséria. Colocar funcionários comissionados, pagos com dinheiro de todos os eleitores como cabos eleitorais do escolhido pelo prefeito da vez também voltou à evidência, tão flagrante que as tais instituições acharam ser normal.

Isso mostra que ‘Somos todos Bolsonaro’ muito mais do que imaginamos.

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